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Mostrando postagens de outubro, 2006
Passagem pra Amsterdam marcada pra quarta. À noite, de trem, sentados. Economizando Euros que fazem as pátrias fortes. Os cadernos de viagem, viajando. Nós numa terra de modos. Ouvindo Mundo Livre e bebendo vinho barato. Francês. De ótima qualidade. Na cidade reconstruída, os velhos rostos do metrô balbuciam restos. Marcas de guerra. Aos jovens a herança de uma mistura chamada globalização, apaga as marcas bonitas de fronteiras subjetivas. Só os tijolos resistem. E contam outra história. Uma semana no velho continente pra aprender aos poucos que passo tomar. Percurso. Um pé na frente e outro a te seguir. Viagem. Espelhos do mundo.
NÃO CAMPANHA CONTRA A DESINFORMAÇÃO Não veja o que eles vêem. Veja você mesmo. E só pra não dar bobeira, procure olhar pro que você vê. Recado de hoje: alguém já viu, entre tantas outras coisas, a propaganda eleitoral para o segundo turno? Pois é. É Preciso. Saber pra que serve pó de arroz e marketing. Cuidado, seu candidato pode vir com gosto de margarina ou prazo de validade vencido. Olha o simulacro aí gente! Depois é sempre tarde demais. Aí não reclama.
Nó na vista de quem não pensa. Desembaralha a mente e voa com asas de folha. Lava de lavadeira, limpa o tempo. Sou o verde entrelaçado nas teias. Brincando de amarelo, vermelho e transparente.
Sementeiras do deserto. Homens sem palavra dançam um balé dissociado. Na TV, debates sem sentido. Na rua, opiniões histéricas, consternadas, alugadas. Frases tolas. Fachada semântica. Recepção passiva. Discussões datadas. Queixume moralista. Hipocrisia barata. Ética desabitada. Todos doutos senhores de suas visões. Respingadas de intelectualismos. Ismos. Abismos. Seres desnorteados sem história. Sem memória. Inquilinos do momento fácil. Da resposta pronta. Da receita de bolo. Coloca um conceito no microondas que ele vira opinião pública em menos de cinco minutos. Pobres de nós que não sabemos mais pensar. Repetidas intenções. Fracassadas ações. Sua vida agora é um filme no celular. Sua personalidade vem da marca que você usa. Seu pensamento é uma ação de marketing. Sua singularidade é um item filosófico. Verdades em função. Plena confusão. A deles? A nossa. Habitantes acomodados de nosso próprio conforto. Representatividade? Quem representa o que, quem e porque? Posso falar em seu nome...
Preciso comer palavra.
não vejo o menor sentido em fazer algo no âmbito da arte que não violente. só vejo miséria e desgraça por aí, e a coisa se simplifica a ponto de você estar quase que somente respondendo a esses estímulos negativos, com sua sensibilidade, através dela, incluindo-se aí desde a lei da gravidade quando começa a atuar em você ao ser abduzido do útero, a violência aparentemente primeira, inevitável, até você constatar que todas as coisas na vida e na sociedade são fora do lugar, e depois disso a dor e a desesperança e depois a liberdade, mas ainda dor (que só a morte cessa). só respostas e fluxos, quando não são a mesma coisa. eu não tô aqui pra ser legal, assim bonitinho, por que isso não faz o menor sentido pra mim. só isso. Terêncio Porto, em seus pensamentos pela manhã.
Você pode ir a qualquer lugar quando você é outra pessoa. Você pode fazer o que quiser quando é outra pessoa.