Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2009
escrever pra não morrer, escrever pra não surtar, escrever pra desviar a dor. atenção. escrever pra não ficar pregado no chão, feito uma lagartixa apavorada, daquelas que são tão ou mais corajosas que você. escrever pra balançar as estruturas, as escrituras os dogmas que te enfiam goela abaixo. a ponto de te desestruturar. e você não quer gritar! não quer vomitar! por que? tanta coisa pra dizer. tanta coisa, tanta coisa. tanta coisa que tem. que eu nem imagino, que eu lembro, que eu vi. sem saber onde colocar. se tudo tá contido dentro, entre você e o mundo é justamente o espaço que é preciso. pra escapar, achar, habitar. habite-se. repita, repita, repita você até o dia que você se convencer. que a diferença é. que é possível existir além de todas as perguntas. aqui. o coração bate antes que se tenha certeza.
e screver pra extraviar escrever pra não explodir explodir antes de escrever é preciso ser desfeito eu preciso ser desfeita eu preciso achar um motivo porque tudo o tempo todo te puxa te espanca te confronta te pede pelo amor de deus pra você ser infeliz sofre, filha sofre filha da puta gruda nesse seu alicerce escolhe um parede bem boa um tipo que te divide atormenta e bendiz sua maldita e estonteante segurança obedece a quem te ama come pra não mofar corre pra não murchar e você, bêbado de paixão intensidade perplexidade fica aí a expor essa pele quanta vergonha tentando em vão sentir nem que seja alguma coisa alguma outra coisa que te faça entender porque porque não há motivos que bastem basta que haja você *** às demandas atropelantes: vendam-se sem impostos ao governo geral do teu desgoverno descentralizado e absoluto absolutuamente nada resolutamente real avassaladora
vocês verão
perder o controle
antes de agora, o que significa algum tipo de tempo atrás e a fronteira é sempre tênue, eu não tinha condição de gostar de jazz e me lembro disso com uma nitidez desconcertante. condição no sentido de que era completamente incompetente. e não me refiro aqui a algum tipo de competência contemporânea que te distingue do outro a ponto de atropelá-lo. falo de uma competência que te permite perceber, sentir, viver, escolher, entender. eu não sabia que era um texto, uma história, trocentas nuances, vidas e vozes. conversando, gritando, chorando, rindo, falando. o equilíbrio distante, a delicadeza e violência, arrebatamento, atravessar um linha entre dois pontos, mergulhar no maior dos abismos, a coragem de tentar. fazer. florescer. o mesmo fato que você vê, visto de dentro de outra pessoa. o fato que você não vê, visto de dentro de você, por outra pessoa. o outro fato que você vê, visto de dentro do outro em relação a você. que me vê do outro lado. contra a lei da gravidade, notas que flu