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Mostrando postagens de setembro, 2007
Hoje acordei com pouca existência. Quase transparente alma de biju. Antes de desaparecer, abri a porta pro mundo dos gatos. Comi deitada a manga da cabeceira. Tapei a cara e o travesseiro. Quem sabe transparecer mais. Tirei a dúvida e o travesseiro. O mundo continuava lá. Ele continuava lá. Tomei banho, escovei dente. Não passei desodorante, nem hidratante. Não escolhi roupa, não coloquei calcinha e dessa vez enxuguei o pé. Insisti. Não me vesti e não pendurei a toalha. Rolei na cama. Espreguicei minha mudez. Ele se esgueirou por cima do lençol e perguntou. Eu disse que sim. Hoje acordei pra existência.
a ética da arte não existe ainda porque tá sendo inventada todos os dias. depois de ontem e antes de amanhã sugiro comer azeitonas de vênus: morangos, adicione açúcar e algumas pitadas de pimenta calabresa. sim, eu já comi. à noite, pré-estréia do festival de filmes de gente que não pensa. evite passar ao largo. sirva-se e invente.
Sabe aquele gominho que todo mundo tem nas mãos próximo ao dedão ou polegar opositor? Aquele que permite aos seres humanos o movimento de pinça? Mas eu tô falando do gominho. O pequeno monte de matéria que faz uma colina em sua palma. É músculo de criança. Porque criança cai. Por que criança cai? Por ausência de medo ou de conhecimento mesmo, mas cai. E levanta e tenta de novo o que quer que esteja tentando. Criança é uma criatura que cai. Adulto esquece como é cair e muitas vezes como é tentar. Criança também gosta de perguntar. Por que criança gosta de perguntar? Talvez porque não tenha as respostas? Elas estão prontas? As respostas ou as crianças?