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Mostrando postagens de outubro, 2010
é com esplendorosa e revigorante revolta que eu pergunto: (e revolta é o que te volta. é ver de novo. viver de novo a mesma merda de situação como se fosse nova, verde) quantas pessoas o comezinho infeliz e atuante vai ter que machucar pra provar seu ponto. o ponto. um ponto. um simples, dum merda dum ponto, num mar de milhares de pontos e traços e vírgulas e exclamações e interrogações. e o cara forçando o ponto. o maldito ponto que pariu um modo inteiro de vida. do nascimento à morte. o ponto final. e ponto final. reticências pra você, seu grande egoísta de merda, uma série linda, interminável e implacável de três pontos, saraivadas de vírgulas, pontos e vírgulas, e ausências sem ponto apenas não pondo fim em coisa nenhuma, apenas começos e meios, mas principalmente uma porta de saída para que se ponha na rua, na sua rua tão sua, estepe vazia, brilhante e líquida, sua visão encurtada e empobrecida do pormenor que seja. revolucionário fajuto, militante do liv
pra tudo quanto é lado é uma porrada de gente querendo ser compreendida ao mesmo tempo que não tá nem um pouco afim de gastar o tempo necessário pra compreender ninguém, nem mesmo alguém que se acha importante demais pra ser visto, percebido por você, que já tá de saco suficientemente cheio de não ser compreendido por ninguém e por isso precisa antes de mais nada que te compreendam e é isso aí e foda-se porque só aí, eu vou poder te olhar. ter tempo de te olhar. você aí seu babaca, pode olhar pra mim agora. a ordem da compreensão é minha. o mundo é cão. e vai te dizer: quem é você? aí você vai renascer. esquece o cara que tava falando com você. senta. respira. fuma até um cigarro. fuma dois. e vai perceber que a parada que mais quer evitar no mundo é a rigidez e o medo. o medo do caralho que enfeia as vidas, as veias e as pessoas. o medo que machuca muita gente de morte. quero um tombo bem dado e sangrante. que doa de viver. que machuque de tesão.