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Mostrando postagens de janeiro, 2016
essa é olga, que já foi também aurora e dalva. mas foi olga quem ficou. por algum motivo, nessa lavanderia no flamengo, nessa vida, cuidando das roupas de outras pessoas. lavando, passando, engomando, dobrando, pendurando, recebendo, entregando. e essa é a história q eu inventei pra ela porque roubei sua foto, não pedi pra tirar, simplesmente passei e peguei sem pedir licença. e ela me devolveu esse olhar, esse único segundo da sua história, de volta pra mim. é olga quem fica.
não dá pra levar nada muito a sério porque parece que são só são só sombras dançando na sua frente dançando evanescendo revirando sombra olhar fundo lodo oxigênio bar norte palavra mar saliva jogo bilhar antes era preciso estar parado jorrar jogar luz naquela pedra pétrea imutável imóvel palco da mesma dança, base, linóleo simplesmente a pedra tempo da valsa que acontece entre seus menores poros relevo marco marca d'água que escorre lambe e faz brilhar lembrar que está lá existe lá