As pequenas coisas
Dia desses ganhei um presente. Teo chegou em casa e me disse: "O Daniel mandou entregar pra comadre". Eram três tirinhas de papel meio rosa, coladas e com o nome Papier D’Arménie. O que é isso, perguntei. É um tipo de incenso, francês, que Daniel pediu pra um amigo trazer de lá. Vende em Farmácias. Farmácias? Não seria em tabacarias? Não, farmácias. Cheirei o papel. Objeto delicado e diferente. Demonstração: você dobra a tirinha, feito uma sanfona, queima a pontinha e deixa num cinzeiro qualquer. Um cheiro de França. Que diabos seria isso? Não sei descrever, mas é. Uma coisa meio bistrô, café, tabaco, vinho tinto e história. Imagens e sensações que a gente guarda, mas não sabe exatamente da onde vem. Lugares que ainda não habitamos. Túnel do tempo, passagem secreta pra imaginações contidas. Guardei um papelzinho no meu caderno de anotações. Acesso imediato a um pequeno prazer. O mundo das pequenas coisas. Parece que a vida é feita delas. A vida que pretende ser boa, digo. Coisas, instantes, encontros que olhados sem atenção, parecem bobagens. A simplicidade é desconcertante.
Dia desses ganhei um presente. Teo chegou em casa e me disse: "O Daniel mandou entregar pra comadre". Eram três tirinhas de papel meio rosa, coladas e com o nome Papier D’Arménie. O que é isso, perguntei. É um tipo de incenso, francês, que Daniel pediu pra um amigo trazer de lá. Vende em Farmácias. Farmácias? Não seria em tabacarias? Não, farmácias. Cheirei o papel. Objeto delicado e diferente. Demonstração: você dobra a tirinha, feito uma sanfona, queima a pontinha e deixa num cinzeiro qualquer. Um cheiro de França. Que diabos seria isso? Não sei descrever, mas é. Uma coisa meio bistrô, café, tabaco, vinho tinto e história. Imagens e sensações que a gente guarda, mas não sabe exatamente da onde vem. Lugares que ainda não habitamos. Túnel do tempo, passagem secreta pra imaginações contidas. Guardei um papelzinho no meu caderno de anotações. Acesso imediato a um pequeno prazer. O mundo das pequenas coisas. Parece que a vida é feita delas. A vida que pretende ser boa, digo. Coisas, instantes, encontros que olhados sem atenção, parecem bobagens. A simplicidade é desconcertante.
Fabriqué à Paris depuis 1885, le Papier d'Arménie est le plus ancien désodorisant de l'air ambiant. On l'utilise en consumant de petites bandes de papier imprégné de composants actifs et odoriférants dont le principal est le benjoin.
Papier D'Arménie
Papier D'Arménie
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Beijo
Maria