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E é o dia 07 de junho de 2006.

Então esse dia já começa. E é só noite. Um bando de malucos, dos mais saudáveis que conheço, se reúne. E eu aqui a começar alguma coisa que nem conheço. Recomeço. Coragem. Às vezes parece que não faz a menor diferença, mas que diferença há de se fazer. Conhecer. Tá esquisito escrever. Faltam is. Li e gostei. Deve ser assim. Escrever. Alguém já flagrou isso? Eu em mim mesma? Igual. É o sinal que o teclado estendeu. Vozes vêm da sala. Que conforto ver o pensamento. Nublados lembranças. É no masculino que se diz, embora ser do feminino. Tudo ao mesmo tempo agora. Balela, traquitana irresistível, audácia da filombeta. Fui. Criança. Sou. Embora. Não saiba. Quem.

Tesão da discrepância. O discernimento. Incrível e sozinho. Falta da mesma mente. Entende. Sua mãe não lhe disse. A que vim. Afinal. Barriga de história. Nula presença. Louca crispada. Enfim. Dura e realidade. Linda em que se vê. Nula em que se sente. Veste a força motriz. Explode cuspida, densa na turbina. Sua nudez é ridícula. Fonte dura de marfim.

Minha obra é tentar narrar com interrupções.

Comprar comida. Fazer comida. Beber. Acordar. Trepar. Amar. Caps lock. Criar. Pagar conta. Quase sempre. Acreditar. Que tem um buraco no fim do túnel. E que existe um veículo que te leva. Você precisa descobrir qual é. O seu. No momento em que me encontro.

Sibilam e gritam diferentemente. Idiomas concretos. Sussurros gritados de experimentos. Ui, a correção idiomática gramatical que me obriga regras. Desfúteis. Inúteis. O pré dos fixos. Concretas. Melanócitos incrédulos. Me tragam objetos. Lindos de fora. Com rugas. Que hora.

De escrever, desenho. Passei daquela ponte ininterrupta. Em que tempo te encontro. Rock’in’roll will never die. Minha sonoridade importa. Você me inspira e que transpiração não seja clichê. De mente sem espaço. Amplo, duplex, cobertura. Sem ser na Barra. Que me odeie e me retire.

Livre.

Vomito tudo que não sou.

Comentários

Anônimo disse…
bom, vamos lá... este eu conhecia.. mas é sempre um prazer, né? tá instigando idéias tua escrita.. gostei muito, vou visitar sempre...

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preciso de um tanto de realidade pra que eu possa me agarrar feito uma tabuinha de salvação de mentira e não simplesmente escorrer como agora entre as frestas e as pernas do que eu quero ser e do que efetivamente está guardado pra mim porque tem gente guardando pra você lugares que você não quer e você nem sabe disso. e uma das piores coisas é quando querem negar sua existência, fingir que você não existe, te isolar num lugar em que você não incomode o outro com suas dores e desejos. e daqui a pouco a mesma ação que te isolou aparece na sua frente em forma de mão querendo te comprar com uma migalha de existência e você tem fome mas sabe que agora é preciso recusar. esquálido o esqueleto faminto dança pra disfarçar a leveza e chora lágrimas escondidas onde ninguém é capaz de visitar. essas águas são feitas de tempo e corroem os horrores para além de algum lugar em que talvez seja possível regar. a violência é pura e bruta e brota de um sorriso com a facilidade com que quer te presentea...
pra tudo quanto é lado é uma porrada de gente querendo ser compreendida ao mesmo tempo que não tá nem um pouco afim de gastar o tempo necessário pra compreender ninguém, nem mesmo alguém que se acha importante demais pra ser visto, percebido por você, que já tá de saco suficientemente cheio de não ser compreendido por ninguém e por isso precisa antes de mais nada que te compreendam e é isso aí e foda-se porque só aí, eu vou poder te olhar. ter tempo de te olhar. você aí seu babaca, pode olhar pra mim agora. a ordem da compreensão é minha. o mundo é cão. e vai te dizer: quem é você? aí você vai renascer. esquece o cara que tava falando com você. senta. respira. fuma até um cigarro. fuma dois. e vai perceber que a parada que mais quer evitar no mundo é a rigidez e o medo. o medo do caralho que enfeia as vidas, as veias e as pessoas. o medo que machuca muita gente de morte. quero um tombo bem dado e sangrante. que doa de viver. que machuque de tesão. ...