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Um tributo ao Dylan ou as várias formas de comunicação, seus níveis loucos e a lemniscata.

Aos domingos podem acontecer coisas especiais. Segundo o avô do Teo (um tributo a ele também), as coisas boas acontecem em dias de chuva. De manhã, ainda com No Direction Home do Scorsese na retina, lavando louça e cantarolando uma parada, peço pro Teo colocar Like a Rolling Stone. Ele já tinha baixado a letra e as cifras porque combinamos minha primeira aula de violão pra hoje e era bem oportuno. Na dúvida entre o CD e o DVD, escolhemos o primeiro porque no DVD a música ficaria pela metade, graças a um recurso do cinema chamado montagem. OK. Aumenta o som e nós dois cantando bem alto às 10h30 da manhã. O vizinho gosta de coisas parecidas, então não há de ser nada. De vez em quando rola até de aumentar o volume pra decidir entre Marley e Led. How does it feel. How does it feel. To be without a home. Like a complete unknown. Like a rolling stone? Foi isso e todas as outras partes dificílimas de cantar porque Bob come sílabas e muda andamentos. Começou assim o dia e, passadas muitas coisas desde então, são 17h30 mais ou menos. Eu vendo (ouvindo) Buena Vista Social Club e Teo, mais Lobo, mais Felipe Kalil editando o Subexposto. Surge novo som misturado a tudo. Vem do vizinho. Dei pause quando Teo veio pra sala e, Jimi, o Hendrix cantava alto pracacete Like a Rolling Stone. Na seqüência, a parede cospe outra do Dylan. Chove lá fora. Vou pra Cuba outra vez.

Comentários

Anônimo disse…
eu te amo
Anônimo disse…
Eu também te amo. E ainda amo o Teo, se ele deixar.

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