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Mostrando postagens de outubro, 2007
gosto dos silêncios na verdade preciso deles pequenos intervalos a carne é viva e tudo me atravessa nunca soube construir cercas pode entrar, a casa é sua entram coisas intensas, lindas profusão mas às vezes entram outras coisas aí dói não importa prefiro a porteira aberta permite mais descobertas não enferruja as artérias barulhos também fazem doer tem uma coisa estranha que acontece hoje pessoas falam sem parar, sem ter o que dizer como se o silêncio pudesse subitamente revelar logo ele que não fala mas entendo, porque ele releva adoro a música, amo palavras, cultivo sons mas preciso do silêncio acessível, meu amigo conversa comigo e me faz entender digerir, comer.

Às cartas e aos achados ou as várias infâncias

A vida me deu uma folga e estou aqui de volta. Eu e Teo acabamos de pegar nosso novo passaporte e meu trabalho pra Fundação está adiantado. Os outros que esperem. Lá na cidade passamos por um lugar que merece entrar na coleção dos preferidos. É o Paladino, você conhece? O Teo descobriu nas pesquisas de locação pro "Amigo da Onça" e me levou lá quando fomos entregar os documentos pro tal passaporte. Acho que já deu pra perceber que gosto de coisas antigas. É lindo lá. Remete a um Rio que quase não existe mais. Temos um amigo que diz que esta cidade deveria ter sido tombada lá pelos idos de 1950. Eu concordo. Seria mais bonita, com mais espaço, mais tempo. Eu adoro andar descobrindo novas paisagens. Tô pra ler "A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro" do Rubem Fonseca, por indicação do Teo que disse que por causa deste meu gosto eu deveria ler este conto. Foi uma citação sim. Eu te Gogliei na época que enviei as fotos. Procurei por você na rede, já que é um ser cib...