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LOST IN TRANSLATION

minha língua rebola dentro da boca e a caçapa responde do escuro o que te procura


beleza e bem estar?


eu digo não às figuras, mas elas são uma linguagem e não tem absolutamente como te ver na perspectiva em que se encontram agora

eu me sinto densa, andando no meio de uma gelatina

tenho feito muito frio lá fora também

na chuva, o que consegui, foi perceber que são doces somente os que ficam molhados

pude dizer ainda que todos temos vulcões

“tá bom?”

“tá bom.”

me desespero à procura de uma gramática que ame os flancos

é uma descompostura dizer que existe a certeza

Comentários

KS Nei disse…
A coisa cacapa sempre me carrega pruma coisa tesao.
A bola some la dentro e rola o grande misterio da vitoria.
Jonga Olivieri disse…
Ai caramba! Você, poeta do presente, da expressão barroca das imagens que permeiam nossas vidas tentando nos impor a sua linguagem absurda. Ou seria a gelatina da vida, perdida em suas contradições do dia a dia?

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