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sentindo mesmo a ausência de mim
sem ter como botar vida que seja nem papel
caçando palavras no vento
cheia, entupida de coisa que nem sei
de que jeito sair
mas tenho quase e é uma certeza

um monte de idéia, um monte de afeto, um monte de medo
um monte de tudo
que pro medo eu não quero dar nada que seja meu, então é com ele que eu brigo agora pra que depois não seja teu
porque dele se diz que tá
e é
e é sempre aí
e disso eu tenho alguma
que seja ao menos a certeza

me formar em coragem

me forjar em alguma coisa que talvez seja eu

às vezes sensação de inútil
pequena, pequena, pequeníssima, invisível
nessas horas quero também
nessas horas quero muitas horas
nessas horas quero muito você

estranho jeito de fazer aquele que te pulveriza em milhões
que te espalha pelo espaço, algum que ainda não sei
ou tomei

tomara que de mim haja alguma coisa

talvez seja melhor que de mim eu aja o que quer que possa ser
e sim, mas também não, eu sempre fui e agi e achei
e mesmo assim
que de incertezas eu sei fazer
sem temer
tomará
aquilo que é seu

o só e o seu

Comentários

Anônimo disse…
Navegando, achei esse interessante site www.naoacreditamosempropaganda.com

Ele suscita uma discussão sobre a credibilidade da propaganda expondo os dois lados da moeda (um video a favor e outro contra).
E o internauta tem a possibilidade de expressar seu ponto de vista.



É isso,
Abraços.
Anônimo disse…
"ausência de mim". Ausência de si mesmo é querer ir embora sempre, e nunca bastar.

queroimbora.blogspot.com

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preciso de um tanto de realidade pra que eu possa me agarrar feito uma tabuinha de salvação de mentira e não simplesmente escorrer como agora entre as frestas e as pernas do que eu quero ser e do que efetivamente está guardado pra mim porque tem gente guardando pra você lugares que você não quer e você nem sabe disso. e uma das piores coisas é quando querem negar sua existência, fingir que você não existe, te isolar num lugar em que você não incomode o outro com suas dores e desejos. e daqui a pouco a mesma ação que te isolou aparece na sua frente em forma de mão querendo te comprar com uma migalha de existência e você tem fome mas sabe que agora é preciso recusar. esquálido o esqueleto faminto dança pra disfarçar a leveza e chora lágrimas escondidas onde ninguém é capaz de visitar. essas águas são feitas de tempo e corroem os horrores para além de algum lugar em que talvez seja possível regar. a violência é pura e bruta e brota de um sorriso com a facilidade com que quer te presentea...
pra tudo quanto é lado é uma porrada de gente querendo ser compreendida ao mesmo tempo que não tá nem um pouco afim de gastar o tempo necessário pra compreender ninguém, nem mesmo alguém que se acha importante demais pra ser visto, percebido por você, que já tá de saco suficientemente cheio de não ser compreendido por ninguém e por isso precisa antes de mais nada que te compreendam e é isso aí e foda-se porque só aí, eu vou poder te olhar. ter tempo de te olhar. você aí seu babaca, pode olhar pra mim agora. a ordem da compreensão é minha. o mundo é cão. e vai te dizer: quem é você? aí você vai renascer. esquece o cara que tava falando com você. senta. respira. fuma até um cigarro. fuma dois. e vai perceber que a parada que mais quer evitar no mundo é a rigidez e o medo. o medo do caralho que enfeia as vidas, as veias e as pessoas. o medo que machuca muita gente de morte. quero um tombo bem dado e sangrante. que doa de viver. que machuque de tesão. ...