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às vezes, quase sempre numa segunda-feira - embora, juro, não tem muito a ver com isso de início de semana não, nem mesmo com isso de início, inícios, embora já tivesse tido, mas agora não tem mais, o que significa que pode ser a qualquer momento até mesmo na segunda de manhã - sou assaltada por um medo desproporcional, apavorante, de tirar o fôlego, de absolutamente tudo. apavorante. angustiante, dilacerante, enorme. e a única coisa que eu consigo fazer é continuar ou enfrentar que é meio que respirar e se manter viva de alguma forma. eu não sei se isso é coragem ou covardia, eu só sei que é isso o que acontece. e o meu coração dispara.

Comentários

JG Diniz disse…
Gostei de sua agonia poética.... Engraçado como às vezes não conhecemos as pessoas tão bem quanto em suas obras....

Bjs.
vera maria disse…
é como quando ao parir te dizem, sobretudo em filmes B americanos, ou de qualquer letra: breathe, breathe, e o neném não sai? ah, não sei como eh esse parir, mas sei bem do que vc está falando...
grande abraço,
a mesma moça
Anônimo disse…
precisa pensar nesse medo de fora. olha pra ele. veja que ele tdem substância e que é uma parede mole, aquosa. Uma vez que você de um passo na sua direção, será engolida. Isso é a vida das coisas que você precisa fazer. Mas não tenha medo. Sempre dá pra mandar tudo pro alto, ser anarquista, se invocar a e parar ou virar à direita e ir ao litoral ver o mar. As coisas não precisam ser como nos ensinaram.

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preciso de um tanto de realidade pra que eu possa me agarrar feito uma tabuinha de salvação de mentira e não simplesmente escorrer como agora entre as frestas e as pernas do que eu quero ser e do que efetivamente está guardado pra mim porque tem gente guardando pra você lugares que você não quer e você nem sabe disso. e uma das piores coisas é quando querem negar sua existência, fingir que você não existe, te isolar num lugar em que você não incomode o outro com suas dores e desejos. e daqui a pouco a mesma ação que te isolou aparece na sua frente em forma de mão querendo te comprar com uma migalha de existência e você tem fome mas sabe que agora é preciso recusar. esquálido o esqueleto faminto dança pra disfarçar a leveza e chora lágrimas escondidas onde ninguém é capaz de visitar. essas águas são feitas de tempo e corroem os horrores para além de algum lugar em que talvez seja possível regar. a violência é pura e bruta e brota de um sorriso com a facilidade com que quer te presentea...
pra tudo quanto é lado é uma porrada de gente querendo ser compreendida ao mesmo tempo que não tá nem um pouco afim de gastar o tempo necessário pra compreender ninguém, nem mesmo alguém que se acha importante demais pra ser visto, percebido por você, que já tá de saco suficientemente cheio de não ser compreendido por ninguém e por isso precisa antes de mais nada que te compreendam e é isso aí e foda-se porque só aí, eu vou poder te olhar. ter tempo de te olhar. você aí seu babaca, pode olhar pra mim agora. a ordem da compreensão é minha. o mundo é cão. e vai te dizer: quem é você? aí você vai renascer. esquece o cara que tava falando com você. senta. respira. fuma até um cigarro. fuma dois. e vai perceber que a parada que mais quer evitar no mundo é a rigidez e o medo. o medo do caralho que enfeia as vidas, as veias e as pessoas. o medo que machuca muita gente de morte. quero um tombo bem dado e sangrante. que doa de viver. que machuque de tesão. ...