abram seus armários e janelas e portas e passagens e frestas e atalhos e caminhos. se as vozes ficarem presas, elas desafinam. ofereçam ar a quem tem sede e comida boa a todos os passantes. os passos que se jogam nas esquinas são de tipos muito variados. todos dançantes. foram abolidas várias coisas supérfluas, do nada, como quem come canjica ou melão. o cheiro da chuva dessa vez vai chegar acompanhado do de mar e do de café. liliberdade, corpo de festa, raízes que ascendem e decolam porque não sabiam voar, mas sabiam roubar peixe do homem que manda. pontos brancos muito juntos formam páginas pra escrever. com poesia sempre acontece. com querer se amam as coisas todas. com vento é um ar que viaja e solta.
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