porque fazer as coisas sem expectativa, sim, tentativa e erro, tentativa e erro, fazer simplesmente, vai mudar radicalmente a escolha das coisas que você faz. fico me perguntando por que, tantos porques. é junto ou separado? e hoje porque o padrão? eu desvio padrão. estará acontecendo uma fogueira que queimará expectativas, ansiedades e demais modelos primavera verão dois mil e tal às 18 horas desse dia. à beira da lagoa. depois da quinta árvore. a que dá flores amarelas e grandes todas as quintas feiras. a fumaça será devidamente doada aos céus que nos devolverão estrelas de espontaneidade ao alcance das mãos. e alguma liberdade. que será também. as mãos trabalham por nós enquanto estamos aqui. simplesmente escrevendo.
preciso de um tanto de realidade pra que eu possa me agarrar feito uma tabuinha de salvação de mentira e não simplesmente escorrer como agora entre as frestas e as pernas do que eu quero ser e do que efetivamente está guardado pra mim porque tem gente guardando pra você lugares que você não quer e você nem sabe disso. e uma das piores coisas é quando querem negar sua existência, fingir que você não existe, te isolar num lugar em que você não incomode o outro com suas dores e desejos. e daqui a pouco a mesma ação que te isolou aparece na sua frente em forma de mão querendo te comprar com uma migalha de existência e você tem fome mas sabe que agora é preciso recusar. esquálido o esqueleto faminto dança pra disfarçar a leveza e chora lágrimas escondidas onde ninguém é capaz de visitar. essas águas são feitas de tempo e corroem os horrores para além de algum lugar em que talvez seja possível regar. a violência é pura e bruta e brota de um sorriso com a facilidade com que quer te presentea...
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