Pular para o conteúdo principal
hoje tô bastante randômica
feito mosca voando em volta do açúcar batizado de sal
sal de saltar saltear tear
entrei no antianflamatório e encontrei um poema sujo e moribundo
apresentado por um homem de gravata que bateu na porta e disse: eu sou um poema
eu disse que não, de jeito nenhum
porque isso não tem jeito
ele vomitou e disse que era outro poema
cansei dele
nesse meio tempo fui no tororó bebi litros de água voltei e decidi que vou e volto na hora e velocidade que quiser
participo de sociedades de anéis
vertebrais
há vultos estranhos
mulheres de pedaleira e homens de dentifrício
só que não me importo mais
ficou caro, então exporto
paro no porto, vento me cais pra próxima lufada viagem alegre
eu já sei que não basta fugir
que caia um tororó daqueles
de preferência com raios, cipós, ciprestes, borboletas e radicais bem livres
flecha em riste, cabeça no lugar
que venha a amazona
que ocupe seu lugar
agora

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os estudos que levaram à descoberta de Robilou Manteiga foram conduzidos por Caíto Mainier, conhecido expedicionário, pesquisador da ética e descobridor de coisas novas. O texto abaixo, assim como a imagem de Robilou são de sua autoria, após sinistras observações da realidade. Por ser muito ético, Caíto reluta em divulgar essas informações com medo do extermínio de Robilous. Mas conseguimos convencer um colaborador de Mainier a nos fornecer este material. Não foi fácil, mas aí está. Nossos propósitos são autênticos e incluem a transmutação das incoerências. Observe, talvez você já tenha entrado em contato com uma dessas criaturas. E parece que existem outras. Abaixo a transcrição do relato de Caíto, realizado durante trabalho de campo. Robilou Manteiga Bichos Novos Você sabe tudo sobre o planeta? Não, não sabe e sabe que não sabe. Então aceita a possibilidade da existência de bichos novos. Os bichos novos são bichos, novos, que surgiram agora, ou que já estavam aí, mas ...
preciso de um tanto de realidade pra que eu possa me agarrar feito uma tabuinha de salvação de mentira e não simplesmente escorrer como agora entre as frestas e as pernas do que eu quero ser e do que efetivamente está guardado pra mim porque tem gente guardando pra você lugares que você não quer e você nem sabe disso. e uma das piores coisas é quando querem negar sua existência, fingir que você não existe, te isolar num lugar em que você não incomode o outro com suas dores e desejos. e daqui a pouco a mesma ação que te isolou aparece na sua frente em forma de mão querendo te comprar com uma migalha de existência e você tem fome mas sabe que agora é preciso recusar. esquálido o esqueleto faminto dança pra disfarçar a leveza e chora lágrimas escondidas onde ninguém é capaz de visitar. essas águas são feitas de tempo e corroem os horrores para além de algum lugar em que talvez seja possível regar. a violência é pura e bruta e brota de um sorriso com a facilidade com que quer te presentea...