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Críticos saltos quânticos
Por enquanto treinar dois superpoderes: sorrir e olhar no olho
Tocar em árvores para cumprimentá-las

O lusco fusco é a hora em que as coisas são mais possíveis
Não me olho mais no espelho
O suficiente pra saber que ainda estou lá
Reflexos são decisões cotidianas

Fome de mundo
Vontade de narrar tudo que não cabe no papel
Desejo de caber em mim, no atravanco das palavras desembaraçadas

Sábado alguém se muda
Um homem arruma uma esquina, constrói comércio, uma casa pra morar, um cachorro pra alimentar
Uma mulher passa em frente à vitrine e vira neón
Psico grafias
O corpo da lua quando cresce derrama e torna líquidas as coisas mais duras
O melhor presente é aquele que chega fora de data

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Os estudos que levaram à descoberta de Robilou Manteiga foram conduzidos por Caíto Mainier, conhecido expedicionário, pesquisador da ética e descobridor de coisas novas. O texto abaixo, assim como a imagem de Robilou são de sua autoria, após sinistras observações da realidade. Por ser muito ético, Caíto reluta em divulgar essas informações com medo do extermínio de Robilous. Mas conseguimos convencer um colaborador de Mainier a nos fornecer este material. Não foi fácil, mas aí está. Nossos propósitos são autênticos e incluem a transmutação das incoerências. Observe, talvez você já tenha entrado em contato com uma dessas criaturas. E parece que existem outras. Abaixo a transcrição do relato de Caíto, realizado durante trabalho de campo. Robilou Manteiga Bichos Novos Você sabe tudo sobre o planeta? Não, não sabe e sabe que não sabe. Então aceita a possibilidade da existência de bichos novos. Os bichos novos são bichos, novos, que surgiram agora, ou que já estavam aí, mas ...
preciso de um tanto de realidade pra que eu possa me agarrar feito uma tabuinha de salvação de mentira e não simplesmente escorrer como agora entre as frestas e as pernas do que eu quero ser e do que efetivamente está guardado pra mim porque tem gente guardando pra você lugares que você não quer e você nem sabe disso. e uma das piores coisas é quando querem negar sua existência, fingir que você não existe, te isolar num lugar em que você não incomode o outro com suas dores e desejos. e daqui a pouco a mesma ação que te isolou aparece na sua frente em forma de mão querendo te comprar com uma migalha de existência e você tem fome mas sabe que agora é preciso recusar. esquálido o esqueleto faminto dança pra disfarçar a leveza e chora lágrimas escondidas onde ninguém é capaz de visitar. essas águas são feitas de tempo e corroem os horrores para além de algum lugar em que talvez seja possível regar. a violência é pura e bruta e brota de um sorriso com a facilidade com que quer te presentea...