quero escrever uma história doce em meio ao lixo
ao pântano
a pedra
ao inferno
pra começar tenho quatro unhas reticentes fincadas numa pele
pra continuar expulsei de mim a pele e sou toda extensão
eu também choro freqüentemente sem motivo
mentira, eu choro freqüentemente por motivos bobos e idiotas
as pessoas que choram costumam fazer isso
tem unhas que eu uso pra comer, beber, fazer carinho, cozinhar e acenar
a história que eu quero contar é sobre motivos bobos e idiotas
eu sou uma idiota tentando escrever, tentando viver
eu quero viver e escrever sobre a vida boba das plantas que nascem do pântano
eu quero nascer do lixo ou da pedra
eu quero uma história
eu quero ser doce
o inferno é uma lesma e se move devagar
ao pântano
a pedra
ao inferno
pra começar tenho quatro unhas reticentes fincadas numa pele
pra continuar expulsei de mim a pele e sou toda extensão
eu também choro freqüentemente sem motivo
mentira, eu choro freqüentemente por motivos bobos e idiotas
as pessoas que choram costumam fazer isso
tem unhas que eu uso pra comer, beber, fazer carinho, cozinhar e acenar
a história que eu quero contar é sobre motivos bobos e idiotas
eu sou uma idiota tentando escrever, tentando viver
eu quero viver e escrever sobre a vida boba das plantas que nascem do pântano
eu quero nascer do lixo ou da pedra
eu quero uma história
eu quero ser doce
o inferno é uma lesma e se move devagar
Comentários
Quando soube que o meu coração
estava carregado de sombras
e que ele só se alimentava de luz,
abriu uma janela em meu peito
para que por ela possam entrar
a negritude da noite,
o resplendor do orvalho,
o fulgor ds estrelas,
e o invisivel arco-iris do amor.