escrever pra não morrer, escrever pra não surtar, escrever pra desviar a dor. atenção. escrever pra não ficar pregado no chão, feito uma lagartixa apavorada, daquelas que são tão ou mais corajosas que você. escrever pra balançar as estruturas, as escrituras os dogmas que te enfiam goela abaixo. a ponto de te desestruturar. e você não quer gritar! não quer vomitar! por que? tanta coisa pra dizer. tanta coisa, tanta coisa. tanta coisa que tem. que eu nem imagino, que eu lembro, que eu vi. sem saber onde colocar. se tudo tá contido dentro, entre você e o mundo é justamente o espaço que é preciso. pra escapar, achar, habitar. habite-se. repita, repita, repita você até o dia que você se convencer. que a diferença é. que é possível existir além de todas as perguntas. aqui. o coração bate antes que se tenha certeza.