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Mostrando postagens de dezembro, 2016
eu tô usando uma técnica que é assim: quando a cabeça começa a ferver brabo indo lá praquele dark sidezinho double leg pessimismo medo nó nos peito, eu começo imediatamente a pensar numa sequência de coisas que são boas pra mim, não importa a ordem, não importa a duração, eu mergulhando no mar clarinho e gostoso, eu surfando nele apesar de não saber surfar, cachoeira com sol na pele na pedra, areia mole e branca e quente, pizza, sorvete, cheiro de mato, chuva quente na cara doce, sombra da árvore, curva do ombro, cheiro da boca, chopp, sorriseira de um monte de gente, gente, uma gargalhada, churrasco, sushi, sashimi, lago com verde em volta, gargalhada histérica no carro, e por aí vai. entenderam o conceito, né? aí você já respirou, já aprumou, já passou uma reguinha naquele condicionamento merda que cada um repete, já fez diferente, já sentiu outra coisa. beijo roma pizza cheirinho de mato gotículas na folha lente lentamente borboleta beijo chuva macia té já amora manga feijão praça
e a lição parece ser: perceba o quanto é bom andar, ver, ouvir, caminhar, rir, estar vivo, ter gente que você gosta viva, ter cama, chuveiro, comida, poder ir na esquina, ter força para trabalhar, ter trabalho, ter ar pra respirar, poder respirar. poder fazer o q você quiser. ser. poder chorar, poder rir, poder meditar, poder tomar decisão, poder escolher, poder fazer nada. dormir e acordar e continuar a ser. potência. e o que eu sinto muito mesmo e demorei uma vida pra perceber é que existe sim maldade, crueldade, essas coisas que eu insistia em achar que não era possível que fosse possível. pois bem, em alguns terrenos o que eu vejo também é que a lição q o mundo, nós incluídos, estamos dando pras futures generations em HD é: coloque o dinheiro em primeiro lugar, crianças, a economia manda em tudo, inclusive no destino das pessoas. os espertos, malandros, mentirosos, manipuladores, chantagistas são os donos do mundo. quem puxa o tapete, engana o amiguinho, trai, mente, diz o que...
uma profissão que eu gosto é a de construtor(a) de pontes uma pessoa do entre também gosto bastante de cavernas que não tenham morcegos mas mesas estalactites, está lá, gmites! e algum fio de sol, uma boca que se abra pro fresco ar fresco e verde lá de fora brisa uma prancha de surf amo também refogado, rebolado, salgadinho de sal, maresia, terra molhada, café, chuva! e sol e só, e sol e chuva mergulho ando nas horas mortas do bairro e descubro que as horas mortas são as mais vivas duas da tarde silêncio e vida que pulsa re-pula re-pulsa e rescende, reacende sexo na mangueira, no mormaço, no latido, uma vida suspensa na gota de uma corda bamba uma corda de bamba gosto de coisas estranhas de gente estranha das entranhas das cavernas que possuem sempre uma saída de luz